sábado, 12 de novembro de 2011

Padre Luiz proibido de celebrar missas.

José Cácio Júnior
Transferido de paróquia em maio deste ano, o padre Luiz Augusto recebeu mais uma punição da Arquidiocese de Goiânia. Até segunda ordem, o paróco está proibido de celebrar missas fora da comunidade Athos, situada no Recreio dos Bandeirantes (extrema região Noroeste da capital), onde reside. A medida passou a valer desde sexta-feira (28/10) e visa coibir celebrações realizadas em outras localidades por padre Luiz, como pároco substituto.

Padre Luiz, conhecido pela forma austera com que comandou seus fiéis por 15 anos na igreja Sagrada Família, na Vila Canaã, confirmou a suspensão. No entanto, o religioso não quis comentar detalhes da decisão. "Para evitar mal entendidos, só conversarei sobre isso pessoalmente", disse ao telefone neste domingo, aparentando tranquilidade. O ato de suspensão foi lido em missas na capital neste domingo (30/10).

Desobediência
A desobediência de padre Luiz em relação às decisões do arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz, é apontada por fontes ligadas à Igreja Católica como o motivo para aplicar a suspensão. Os atritos entre os dois é assunto recorrente no meio religioso. O pároco nega que tenha desrespeitado seu superior. "Fiz o voto de obediência, sei que preciso acatar as decisões da arquidiocese."

Pelas regras da Igreja Católica, padres que desobedecem aos seus superiores podem ser punidos. Geralmente a transferência de paróquia é a mais utilizada. Em casos mais graves, o pároco tem o dom da ordem (direito de celebrar missas, batizados, casamentos e outras cerimônias) suspenso.

Responsável pela Comunidade Athos, padre Luiz vinha celebrando missas em diversas igrejas da capital durante a semana como pároco substituto. As paróquias sempre ficavam lotadas. Muitos dos presentes são fiéis que participavam das celebrações na Paróquia Sagrada Família e agora acompanham as missas celebradas pelo pároco em Goiânia.

A transferência de padre luiz da paróquia Sagrada Família causou comoção nos fiéis da igreja. Abaixo-assinado, caminhadas, manifestações e audiência pública na Assembleia Legislativa foram algumas maneiras utilizadas pelos fiéis para tentar amolecer dom Washington de sua decisão.

Fonte: http://www.aredacao.com.br/noticia.php?noticias=4730

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